Em uma apresentação na última quinta-feira, o Banco Central do Brasil esclareceu os aspectos que estão contribuindo para a previsão de redução do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 4,5% em 2023. Esse valor está dentro da meta de inflação estabelecida para este ano, que é de 1,75% a 4,75%. Parte desse progresso se deve à estabilidade no cenário econômico internacional e à queda nos preços das commodities, especialmente no setor de energia.
A estabilidade do mercado aparece após quase quatro anos de perturbação devido ao impacto da pandemia da Covid-19. Esta expectativa de diminuição é ainda mais forte quando se considera que a inflação, excluindo fatores climáticos e sazonais, está em tendência de queda. Portanto, pode-se esperar que os preços continuem a cair no futuro.
Com a estabilização do mercado após o início do conflito na Ucrânia, espera-se uma queda nos preços das commodities de energia (petróleo e gás). Nos Estados Unidos, a expectativa de queda nas taxas de juros de longo prazo persiste há mais de 170 dias.
Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central, também destacou a importância das medidas fiscais para alcançar a previsão de inflação de longo prazo. "É importante que o governo persista em alcançar a meta fiscal. Reconhecemos o grande esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apesar das dificuldades de aprovação de projetos no Congresso, tivemos uma semana de vitórias. Haddad merece nossos parabéns, é importante reconhecer esse esforço. Conseguimos avanços importantes como a reforma tributária", disse.
O Senado aprovou uma medida provisória que pode trazer até R$ 35 bilhões para o governo. Essa medida reintroduz a tributação de impostos federais (IRPJ, CSLL e PIS/Cofins) para empresas que recebem benefícios de ICMS.
Para 2024, o Banco Central prevê que o IPCA será de 3,9%. Para os anos de 2025 a 2027, espera-se que o índice se mantenha em 3,5%. As expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também foram revisadas para cima, de 2,9% para 3%. Mesmo com queda na produção do agronegócio e da indústria, a estabilidade do setor de serviços abriu caminho para esse crescimento.
Além disso, a taxa de desocupação no país vem caindo e deve se manter próxima de 8% nos próximos anos. O acesso a linhas de crédito para a família também aumentou. Esses dois fatores impulsionam o consumo, fortalecendo a economia.
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