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Inflação sob controle e queda de juros: o sol se levanta para os investidores

Mesmo com a redução dos juros e controle da inflação, ainda há espaço para lucros significativos em ambos, renda fixa e variável.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), um indicador que antecipa a inflação do país, surpreendeu os analistas ao apresentar um aumento de 0,40% em dezembro, superando a previsão de 0,26%. Apesar de sinalizar um alerta, terminando o ano com um aumento de 4,72%, ainda se manteve dentro das margens estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Este recente aumento da inflação, apesar de controlado, somado à constante queda da taxa Selic, tem aberto portas para investidores.

Essa redução de juros e manutenção controle da inflação, mesmo em níveis ainda altos, configura uma situação favorável para os investidores, com renda fixa e variável mostrando potencial de bons retornos.

Na esfera de renda fixa, dois tipos de investimento têm sido notáveis: aqueles ligados à inflação e os pré-fixados. Apesar da redução progressiva nas taxas desses investimentos desde que começaram os cortes, ainda continuam a oferecer retornos atraentes.

Os títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação estão rendendo aproximadamente 6% ao ano, e além disso, fornecem proteção adicional contra a corrosão inflacionária. Em outras palavras, esses títulos têm seus valores atualizados conforme a variação do IPCA, garantindo uma rentabilidade líquida da inflação.

Os papéis prefixados, também disponíveis no Tesouro Direto, oferecem taxas de cerca de 10% ao ano. Apesar de terem um risco associado a potenciais mudanças nas taxas de juros, sua vantagem reside na previsibilidade dos retornos.

No que se refere à renda variável, as perspectivas são igualmente promissoras. Com a queda das taxas de juros, espera-se que empresas sensíveis às taxas e à atividade local, como as de varejo, ganhem destaque. Bancos e corretoras projetam que o Ibovespa chegue a 122 mil até 160 mil pontos no final de 2024. O Banco Santander, por exemplo, prevê que uma diminuição ainda maior nas taxas de juros impulsionará os ganhos da bolsa, com a expectativa da taxa Selic em 9,5% no próximo ano. Enquanto isso, o Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central, projeta uma taxa ainda mais baixa, de 9%.

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