Luciana Paiva Barbosa, superintendente da Polícia Federal em Alagoas, confirmou a apreensão e posterior análise de documentos e aparelhos eletrônicos pertencentes à Braskem, em Maceió, durante ação da Operação Lágrimas de Sal. Segundo informações do g1, o enfoque da investigação são os possíveis crimes ambientais cometidos pela empresa.
A PF está investigando a omissão de informações e a possível falsificação de documentos pela empresa para renovar as permissões de mineração de sal-gema em Maceió, entre os anos de 1970 e 2019. O processo afetou diretamente o solo de 5 bairros e desalojou cerca de 60 mil pessoas. 'A investigação não é apenas sobre a mina que se rompeu, mas sobre toda a atividade da mineradora na região', afirmou Barbosa. A conclusão do inquérito está condicionada ao resultado da perícia.
A operação resultou no cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em Maceió (11), Rio de Janeiro (2) e Aracaju (1), alcançando a direção, área técnica e gerência da Braskem. Entre os alvos estavam Alvaro Cesar Oliveira de Almeida, diretor industrial da Braskem, os gerentes de produção Marco Aurélio Cabral Campelo, Paulo Márcio Tibana e Galileu Moraes, e os responsáveis técnicos Paulo Roberto Cabral de Melo e Alex Cardoso da Silva.
De acordo com a Polícia Federal, há suspeitas de que as atividades da Braskem em Maceió não seguiram as normas de segurança estipuladas. A empresa é suspeita de apresentar dados falsos e omitir informações dos órgãos de fiscalização, o que permitiu que suas atividades continuassem mesmo diante dos problemas de estabilidade nas minas.
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