O governo do presidente Tarcísio de Freitas (Republicanos) instituiu uma comissão na última sexta-feira (1º) para investigar a suspeita de vazamento do tema da redação do Provão Paulista. A prova foi aplicada aos alunos do 3º ano do ensino médio na quinta-feira (30), mas o tema 'Desafios do combate à fome' já estava sendo divulgado nas redes sociais na noite anterior.
De acordo com a Secretaria de Educação, há indícios de que o vazamento possa ter acontecido em três escolas estaduais localizadas na zona leste de São Paulo, em Campinas e São Carlos. No entanto, os nomes das instituições não foram divulgados.
Estarão na comissão representantes da sociedade civil das três universidades paulistas (USP, Unicamp e Unesp), da Fatec e da Univesp, além de membros da secretaria e da Vunesp, que é a fundação responsável pela elaboração do exame. Ainda não houve informações sobre como os representantes de cada instituição serão selecionados e quais são suas qualificações para conduzir a apuração.
Diferente do que se faz no Ministério da Educação em casos suspeitos de vazamento do Enem, a comissão será formada unicamente por cidadãos. Por exemplo, neste ano, o governo Lula (PT) acionou a Polícia Federal após a circulação de imagens do caderno de provas do Enem 2023 nas redes sociais.
A Secretaria de Educação ainda não informou se pretende recorrer à Polícia Civil ou se já registrou um boletim de ocorrência sobre o possível vazamento.
A comissão ficará responsável por investigar o vazamento e possíveis falhas, incluindo sugerir modos de garantir a integridade e imparcialidade do Provão Paulista, o qual teve a participação de mais de 1,2 milhão de estudantes na edição de 2023.
Neste ano, pela primeira vez, o Provão Paulista foi aplicado com o objetivo de selecionar estudantes de escolas públicas para 15.369 vagas em instituições superiores do estado. Deste total, mais de 2,7 mil vagas são nas três universidades mais prestigiosas do país, USP, Unicamp e Unesp.
Na segunda-feira (4), ocorreu o segundo dia de provas para alunos do 1º e 2º ano do ensino médio. O Provão Paulista tem um sistema seriado, onde as notas são acumuladas ao longo dos três anos do Ensino Médio.
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