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Joe Biden na mira: Câmara dos EUA inicia formalmente investigação de impeachment

Os republicanos na Câmara dos EUA obtiveram a autorização formal para uma investigação de impeachment contra o presidente Joe Biden, apesar das chances remotas de remoção do cargo do presidente, dada a atual configuração do Senado. A jogada pode ser uma estratégia republicana para enfatizar acusações de corrupção em meio às campanhas para 2024.

A Câmara dos Deputados dos EUA, na quarta-feira (13), autorizou oficialmente a investigação de impeachment do presidente Joe Biden. Os republicanos, que formam a maioria, estão unidos nesta empreitada, mas até o momento, nenhuma evidência de irregularidades por parte do presidente foi descoberta.

A Câmara, sob controle republicano, aprovou a investigação com 221 votos contra 212, de acordo com a divisão partidária. Esta investigação está focada em saber se Biden se beneficiou de forma indevida dos negócios estrangeiros de seu filho, Hunter Biden, 53 anos, que se recusou a depor a portas fechadas horas antes da votação.

A Casa Branca caracterizou a investigação como infundada e politicamente motivada. Biden, por outro lado, está se preparando para uma possível disputa eleitoral em 2024 contra o republicano Donald Trump, que foi duas vezes alvo de impeachment na Câmara e atualmente enfrenta quatro julgamentos criminais. Em ambas as ocasiões, Trump foi absolvido pelo Senado.

Apesar deste recente desenvolvimento, não parece que Biden será removido do cargo. Mesmo que a Câmara vote a favor do impeachment do presidente, o Senado tem a última palavra e precisaria de uma maioria de dois terços para condená-lo - um cenário quase impossível dado a composição 51-49 em favor dos democratas.

Os republicanos podem, porém, aproveitar essa situação para jogar luz sobre suas acusações de corrupção durante a campanha para 2024. A votação ocorre três meses após os republicanos iniciarem informalmente a investigação, um passo não necessário para a remoção de um presidente ou outro funcionário público.

A autorização pode conceder mais autoridade legal aos republicanos para pressionar a administração Biden a cooperar e pode ajudar a refutar acusações de democratas que alegam uma falta de legitimidade na investigação.

Donald Trump, esperado para concorrer à presidência pelo partido republicano, foi duas vezes alvo de impeachment pela Câmara durante seu mandato: a primeira em 2020, por tentar pressionar a Ucrânia a anunciar uma investigação de corrupção sobre Biden, e a segunda em 2021, por tentar anular sua derrota nas eleições. Ambas as tentativas foram barradas no Senado.

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