Segundo relato à polícia, um jovem foi vítima de agressão por um grupo de mais de dez homens na terça-feira (5) na Zona Sul do Rio. A agressão ocorreu na Rua Djalma Ulrich, em Copacabana, com cenas de violência registradas em vídeo que circula nas redes sociais. A vítima alega não saber o motivo da agressão. Vale lembrar que ele havia deixado o Presídio Evaristo de Moraes, conhecido como Galpão da Quinta, na terça-feira, após cumprir detenção por roubo.
Apesar das alegações de agressão, o jovem insiste que não cometeu nenhum crime em Copacabana na noite de terça-feira. Morador da Região dos Lagos, em Cabo Frio, ele foi encaminhado ao IML
De acordo com investigadores da 13ª DP em Ipanema, parece que a vítima foi abordada duas vezes: próxima de uma lanchonete na avenida Nossa Senhora de Copacabana e, depois, a 400 metros dali, na Rua Djalma Ulrich, onde a agressão foi filmada e veiculada nas redes sociais.
Outros vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o jovem sendo severamente espancado por grupos de homens na Zona Sul do Rio. Em um dos vídeos, alguém diz: 'para não roubar mais'. Mesmo caído no chão, o garoto continua sendo alvo de chutes nas costas e cabeça, chegando a ter um cabo de vassoura quebrado em seu corpo. Além disso, um homem ameaça disparar contra o rosto do jovem.
Em outro vídeo, homens utilizam capacetes para golpear a cabeça de um jovem dentro de um ônibus da linha 472. Um terceiro vídeo mostra outro adolescente sendo agredido por dois motoqueiros, que lhe desferem socos na cabeça enquanto ele corre. Ainda não se sabe a identidade e o estado de saúde de nenhum dos agredidos e se haviam cometido algum crime.
Suspeita-se que as agressões sejam uma resposta ao aumento recente de assaltos na região de Copacabana. Alguns grupos parecem estar se organizando para punir supostos ladrões. A Polícia Civil informou em nota que está realizando diligências para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Além disso, destacou que o artigo 345 do Código Penal Brasileiro criminaliza a atitude de fazer 'justiça com as próprias mãos'.
O secretário de Segurança Pública definiu os 'justiceiros' como criminosos semelhantes aos assaltantes e comparou os grupos a milícias e grupos de extermínio.
Por fim, devido à crescente violência em Copacabana, grupos de 'justiceiros' começaram a reaparecer no bairro, organizando-se em grupos de WhatsApp para “caçar” quem rouba na região.
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