Em uma declaração na sexta-feira (8), o presidente Lula declarou que governar durante seu terceiro mandato está sendo 'mais difícil' do que nos dois primeiros. Ele admite que, por causa da baixa representatividade parlamentar de sua administração no Congresso Nacional, tem sido necessário fazer concessões em assuntos que 'geralmente, não poderíamos ceder'.
Ele fez essa declaração em uma conferência do PT em Brasilia que durará o fim de semana inteiro, reunindo principalmente militantes do partido e possíveis candidatos nas próximas eleições. Diante de sua audiência, Lula discutido abertamente a situação no parlamento.
Lula questionou se o PT está comunicando o que o povo quer ouvir. 'Por que poderíamos ter mais se pensamos que estamos tão bem? É preciso que encontremos respostas dentro de nós. Estamos dizendo o que as pessoas querem ouvir de nós? Somos competentes para convencer as pessoas das nossas verdade?', questionou.
Além disso, Lula reconheceu que o eleitorado que contribuiu para a formação do PT, em 1980, se transformou. Ele acredita que os metalúrgicos de São Bernardo não se identificam mais automaticamente com o partido e que a classe trabalhadora mudou. Ele concluiu dizendo: 'Precisamos aprender a construir o discurso para falar com essas pessoas. Aqueles que elevaram seu padrão de vida, precisamos aprender a conversar com eles. Estas eleições municipais vão servir para a gente aprender a discutir na cidade'.
Finalmente, Lula enfatizou a importância de reinstaurar o trabalho de base da legenda em todo o país. 'Apoio se conquista', disse. 'Este partido precisa ser como era para reconquistar a credibilidade. Hoje, a gente sabe que é muito difícil a disputa eleitoral como ela está colocada', acrescentou.
Além disso, Lula garantiu aos militantes e candidatos do partido que ele serviria como um 'grande cabo eleitoral' e que seu governo dará orgulho a todos os membros do partido nas próximas eleições municipais. 'Vou ser um bom cabo eleitoral fazendo as coisas corretas para que vocês se sintam orgulhosos do que está acontecendo no Brasil. A gente não vai falhar, a gente não vai errar', concluiu.
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