Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Brasil, demonstrou na manhã dessa quinta-feira 7, uma crescente preocupação com a tensão na região de Essequibo, na Guiana, que está sendo disputada com a Venezuela. Segundo ele, o bloco do Mercosul não pode ignorar a situação:
'O Mercosul é uma área de paz e cooperação. Não queremos que esse assunto contamine a retomada do processo de integração regional ou represente uma ameaça à paz e à estabilidade', declarou.
Lula destacou a relevância do papel da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos e da União de Nações Sul-Americanas na mediação do conflito para assegurar uma resolução pacífica. 'Uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Não precisamos de guerra, não precisamos de conflito. O que nós precisamos é construir a paz, porque somente com muita paz a gente pode desenvolver os nossos países', expressou.
As declarações foram feitas durante a abertura da 63ª edição da reunião da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, no Rio de Janeiro. Lula também comentou sobre as negociações do acordo com a União Europeia durante seu discurso, reiterando sua crença na formalização do acordo mesmo após 23 anos de discussões.
Ele criticou fortemente o texto do acordo elaborado na administração bolsonarista por ser inaceitável e por tratar os países do bloco como inferiores e ainda colonizados. No entanto, salientou que o novo texto é mais equilibrado, mas ainda não o considera suficiente.
Para concluir, Lula expressou tristeza pela despedida do presidente argentino Alberto Fernández, que deixará o cargo no dia 10 de dezembro.
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