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Lula deve descartar cronograma para pagamento de emendas, segundo Randolfe

A proposta para um cronograma de pagamento de emendas, que está presente no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), provavelmente será vetada por Lula, conforme afirmado por Randolfe Rodrigues, líder do Governo no Congresso.

Randolfe Rodrigues, que lidera o Governo no Congresso e não tem partido, revelou nesta terça-feira (19 de dezembro de 2023) que Lula, o atual presidente, planeja vetar o cronograma de pagamento de emendas, o qual está incluído no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). O projeto foi aprovado na mesma tarde, seguindo para aprovação presidencial.

Em entrevista a jornalistas, ele declarou que tanto o 0,9% da receita corrente líquida, quanto os dispositivos referentes aos calendários, poderão ser vetados pelo presidente da República, pois aumentar a participação do Legislativo no Orçamento é o efeito desses dispositivos.

O texto, elaborado por Danilo Forte, deputado da LDO e membro da União Brasil-CE, estabelece que no primeiro semestre de 2024, devem ser reservadas as emendas individuais e de bancada, cujo total deve ser aproximadamente R$ 37,5 bilhões. O pagamento destas emendas é necessário até dezembro.

O cronograma de pagamentos foi removido dos destaques apresentados pelo governo durante a votação da LDO nesta terça-feira (19 de dezembro), permitindo que a votação fosse concluída mais rapidamente.

A receita corrente líquida do governo em 2022, de acordo com o texto, deve ser destinada às emendas de comissões, totalizando 0,9% (ou cerca de R$ 11,3 bilhões). Forte fimou que retirou a pedido do governo o cronograma para o pagamento das emendas de comissões. Ele afirmou: 'O governo tem óbice sobre as emendas de comissão'.

O relator estima que o total de emendas chegará a um valor recorde de R$ 49 bilhões. Ainda assim, o valor final será decidido no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), cuja votação será realizada ainda nesta semana.

O governo teme que o compromisso de pagamento das emendas afete os investimentos destinados ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No entanto, a cúpula do Congresso minimiza as preocupações do Executivo e acredita que o programa seria impactado apenas se o governo não indicar a alocação de emendas. De acordo com os legisladores, em comparação com o orçamento total da União, o valor das emendas é percebido como pequeno.

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