Na última terça-feira, uma alarmante ameaça foi divulgada nas redes sociais, tendo como alvo ninguém menos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme divulgado pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, a postagem articulava detalhes assustadores como a menção de um 'rifle de precisão' e a suposta existência de uma vaquinha para contratar um mercenário. A situação alarmante demandou a atenção do ministério, levando à instauração de uma investigação para esclarecer os fatos.
'A Polícia Federal recebeu hoje a determinação para apurar as ameaças feitas ao presidente Lula nas redes sociais, com referências a 'rifle de precisão' e 'vaquinha para tal'. As redes sociais não são e não serão um lugar para incentivo a crimes contra as autoridades', manifestou-se Cappelli no X, antes conhecido como Twitter.
Não se sabe ainda quem é o autor dessas ameaças. Foram feitos comentários sarcásticos sobre outros usuários da rede que levaram a situação ao conhecimento do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Infelizmente, essa não é a primeira vez que o presidente Lula é alvo de ataques nas redes sociais. Em janeiro, um homem foi detido em Roraima devido a uma postagem ofensiva. Na ocasião, a mensagem afirmava que 'seria a hora de colocar a bala na cabeça dele', referindo-se a uma visita de Lula ao estado.
Além disso, em agosto, um fazendeiro do Pará foi preso após denúncias de que ele estaria planejando um atentado contra o presidente, agendado para ocorrer durante uma visita de Lula ao estado.
A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, também foi vítima de ataques nas redes sociais. Sua conta no X foi hackeada e preenchida com postagens ofensivas, incluindo conteúdo misógino direcionado a ela, ao presidente e ao ministro Alexandre de Moraes do STF.
Um adolescente de 17 anos admitiu ser o autor da invasão à conta de Janja no X, alegando ter obtido as informações de login através de um vazamento de dados na web. O jovem confessou ter realizado mais de 30 postagens ofensivas. Além dele, um segundo indivíduo também foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal.
A investigação revelou que ambos os jovens participavam de comunidades de 'incel', uma sigla em inglês para celibatários involuntários, que é um grupo online comumente formado por homens que discutem suas frustrações sexuais e amorosas, frequentemente dirigindo seu ódio às mulheres.
A polícia informou que as investigações indicaram que os indivíduos possuíam perfis ativos na plataforma Discord, onde participavam de grupos que trocavam mensagens de caráter misógino e extremista.
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