O presidente Lula discursou na abertura da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), em Dubai, chamando a atenção para a necessidade urgente de preservação ambiental. O presidente afirmou que o 'Brasil está preparado para liderar através do exemplo'.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas alertou que até o fim desta década, é preciso impedir que a temperatura global aumente mais de um grau e meio em relação aos níveis pré-industriais. 2023 já é considerado o ano mais quente dos últimos 125 mil anos, com um aumento dramático de secas, enchentes e ondas de calor extremas e frequentes.
Ademais, no Brasil, a situação também é preocupante com a Amazônia enfrentando uma das secas mais trágicas de sua história e o sul do país sofrendo com tempestades e ciclones destrutivos. Portanto, o planeta não pode mais contar apenas com discursos eloquentes e prazos de redução de emissão de carbono que não são cumpridos, são necessárias atitudes concretas.
A questão climática também tem impactos sociais desproporcionais. Como apontou o presidente, o 1% mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que os 66% mais pobres. Esses trabalhadores de campo que têm suas colheitas devastadas pelas mudanças climáticas, e os residentes das periferias das grandes cidades, que perdem tudo o que têm quando ocorrem inundações, são os que mais sofrem com as mudanças climáticas. Dessa forma, as gerações futuras acabam levando a pior devido à falta de ações concretas hoje.
O Brasil, no entanto, está disposto a liderar pelo exemplo. Com metas climáticas mais rígidas do que muitos países desenvolvidos, redução do desmatamento da Amazônia e o comprometimento de zerá-lo até 2030, o Brasil tem buscado enfrentar o problema. Além disso, o país tem planos para uma transformação ecológica, incluindo a promoção da industrialização verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia.
Por fim, o presidente Lula argumentou que é necessário abordar o ritmo lento de descarbonização do planeta e trabalhar para uma economia menos dependentes de combustíveis fósseis. O momento pede ações urgentes e justas para frear os impactos ambientais e as desigualdades sociais que eles causam. O dever de todos é lutar por um futuro mais verde e equitativo.
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