Falando na terça-feira (5.dez.2023), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que planeja uma viagem à Guiana em 2024. O anúncio ocorre num momento de tensão crescente entre a Guiana e a Venezuela, que disputam a região da Guiana Essequiba.
Lula pretende visitar a Guiana para participar da cúpula da Caricom (Mercado Comum e Comunidade do Caribe) que será em fevereiro. 'Eu quero participar porque são coisas que tenho interesse de falar sobre democracia, financiamento', expressou o presidente.
O grupo Caricom inclui Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Em 1998, Cuba passou a participar como observador.
Em referendo realizado no domingo (3.dez), a Venezuela aprovou medidas que colocam em risco 74% do território da Guiana. De acordo com a autoridade eleitoral venezuelana, mais de 95% dos eleitores aprovaram a criação do Estado de Essequibo.
Não obstante, o governo da Guiana considerou a medida 'provocativa, ilegal, nula e sem efeito jurídico internacional'. Acusou ainda o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de cometer crime internacional ao violar a integridade territorial da Guiana. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 19 kB).
Na terça-feira, Maduro manteve seu posicionamento, argumentando que irá 'recuperar os direitos históricos da Venezuela' e 'fazer justiça'. No entanto, não detalhou o método com que pretende fazer a reivindicação territorial.
Além da visita à Guiana, Lula manifestou interesse em ir à Etiópia em 2024 para a cúpula da União Africana, também planejada para fevereiro. Após esses encontros internacionais, o presidente declarou sua intenção de permanecer no Brasil pelo restante do ano.
'O restante dos 365 dias se preparem porque eu vou percorrer o Brasil. Quero visitar o Brasil, as cidades, conversar com prefeitos, com o povo, com os governadores. Porque estou determinado a não só cuidar do povo brasileiro, mas cuidar da civilidade, da democracia', afirmou Lula.
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