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Lula solicita ‘bom senso’ à Venezuela e à Guiana em disputa territorial

O presidente Lula expressa a esperança de 'bom senso' na disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo. A disputa territorial será objeto de um referendo na Venezuela no próximo domingo.

O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu por 'bom senso' para que a Venezuela e a Guiana resolvam de maneira pacífica a disputa territorial envolvendo a região de Essequibo. A declaração foi feita durante uma visita ao Oriente Médio, antes de sua partida para Berlim, na Alemanha, para compromissos oficiais.

Em suas palavras, Lula defende que é hora de 'baixar o facho', trabalhar arduamente para melhorar a vida das pessoas, evitando conflitos desnecessários. 'Vale mais a pena uma conversa do que uma guerra', ressaltou.

O governo da Venezuela, sob a liderança de Nicolás Maduro, realizará um referendo no próximo domingo para consultar a população sobre a anexação de Essequibo, uma área que representa 75% do território da Guiana e que está sendo reivindicada pela Venezuela desde meados do século XIX.

O referendo é visto por Lula como uma tática de Maduro, acreditando que o resultado favoreça o que o líder venezuelano deseja. Lula relembra que a área já foi objeto de um acordo em 1966.

A tensão entre a Venezuela e a Guiana preocupa o Brasil, que aumentou a presença militar nas fronteiras com ambos os países. A Guiana mantém efetivamente o controle do território desde 1905, mas a Venezuela defende que a fronteira seja realinhada ao longo do rio Essequibo.

A Venezuela não aceita a atual fronteira estabelecida pelo Laudo Arbitral de Paris em 1899, da qual alega ter sido fraudulenta. O território em disputa inclui reservas de petróleo estimadas em 11 bilhões de barris, que estão sendo exploradas em parceria com empresas como ExxonMobil e CNOOC.

Desde 2018, a Corte Internacional de Justiça em Haia tem analisado o problema fronteiriço a pedido da ONU. Contudo, a Venezuela rejeita a jurisdição do tribunal sobre o assunto, considerando o Acordo de Genebra de 1966 como o único instrumento válido para resolver a disputa.

Colaboração de Vitor Abdala

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