Durante a semana de 27 de novembro a 3 de dezembro deste ano, a Americanas, rede de lojas de grande presença no mercado nacional, demitiu aparentemente 5.500 trabalhadores. A companhia está atualmente em recuperação judicial após a descoberta de uma suposta fraude financeira no valor de aproximadamente 20 bilhões de reais.
Aproximadamente 4.800 dos empregados demitidos foram contratados de maneira temporária para o período do Black Friday, enquanto outros 306 empregados solicitaram demissão voluntária. Segundo um relatório da empresa, no momento a Americanas conta com 33.861 empregados sob o regime CLT.
O documento enfatiza a tendência à sazonalidade do número de funcionários, oscilando de acordo com as flutuações do mercado de varejo, incluindo picos durante épocas festivas como a Páscoa, a Black Friday e o Natal. A empresa afirmou que o número total de demissões está na média dos números registrados em período pré-recuperação judicial.
Para o período natalino, a Americanas divulgou a abertura de 7 mil vagas para contratações temporárias para auxiliar durante a temporada festiva de fim de ano.
A companhia é alvo de diversas ações legais para determinar quem foram os responsáveis por tentar esconder informações sobre as dívidas do negócio. Relatórios lançados antes indicavam um nível de endividamento financeiro muito inferior ao revelado posteriormente. A atual diretora afirma que a antiga equipe de gestão superior omitia informações sobre a existência de Risco Sacado.
Uma planilha preparada em novembro de 2022 indicava que as dívidas estavam próximas de 17 bilhões de reais, com previsão de diminuição nos próximos anos.
Entretanto, após a declaração do ex-CEO Sergio Rial sobre o déficit na empresa, estimou-se que a dívida total da Americanas chegasse a 40 bilhões de reais, com as irregularidades contábeis somando 20 bilhões de reais.
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