O plano do governo de universalização do transporte aéreo, lançado na segunda-feira, tem como objetivo colocar em prática uma série de estratégias, em parceria com as companhias aéreas, para baratear as tarifas. Uma das propostas é a oferta de uma 'cota' de passagens a preços mais em conta, cujo valor será estipulado pelas empresas.
Para incentivar o consumo, quem adquirir passagens de última hora com os preços mais altos poderá remarcar bilhetes e terá direito ao despacho gratuito da bagagem em 2024. Também houve anúncio de preços limites, que se aplicam por trecho e variam de acordo com o tempo de antecedência na compra do bilhete - que deve ser de no mínimo 14 dias.
Tomando a frente, a Azul prometeu oferecer 10 milhões de passagens por até R$ 799 em 2024 - preço acima da média verificada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Logo depois, a Gol prometeu disponibilizar 15 milhões de assentos por até R$ 699 no mesmo ano, além de oferecer tarifas de assistência emergencial com desconto em caso de falecimento.
Por sua vez, a Latam se comprometeu a disponibilizar diariamente 10 mil assentos extras e iniciará uma campanha para ensinar aos passageiros como comprar passagens aéreas. A expectativa é que bilhetes por menos de R$ 199 sejam oferecidos semanalmente e haverá também revitalização no programa de fidelidade da empresa.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, tem conduzido as discussões com as empresas desde o início de novembro. O objetivo é aliviar o aumento das tarifas, causado pelo alto preço do querosene de aviação. Todavia, o governo vem enfrentando dificuldades uma vez que o setor é de mercado livre e qualquer intervenção estatal pode resultar em problemas jurídicos.
O preço médio das passagens aéreas no Brasil registrou um recorde em setembro deste ano, com o ticket médio custando R$ 747,66, o valor mais alto desde março de 2009. Os dados atualizados pela inflação são fornecidos pela Anac que também indicou que o número de assentos vendidos ainda não recuperou os níveis pré-Covid-19.
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