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Meteu essa: Bolsonaro diz ao STF que publicação de vídeo com Fake News sobre sistema eleitoral foi ‘acidente’

Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmam ao Supremo Tribunal Federal que ele publicou um vídeo com informações falsas sobre o sistema eleitoral 'por acidente', e que a sua remoção representa 'a ausência de materialidade delitiva'.

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o vídeo contendo Fake News sobre a eleição foi publicado 'por acidente'. Além disso, os advogados reforçaram que, como o vídeo foi removido, isso seria um sinal de que não houve crime.

O vídeo foi postado por Bolsonaro no Facebook em 10 de janeiro, logo após os ataques ao Congresso Nacional. No vídeo, um procurador do Mato Grosso afirma erroneamente que a vitória de Lula (PT) na eleição teria sido resultado de uma fraude no voto eletrônico - acusação esta que Bolsonaro parece endossar.

Em um documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, a defesa de Bolsonaro argumenta que a publicação foi removida em poucas horas e que o ex-presidente 'não pretendeu instigar qualquer forma de subversão'.

Os advogados defendem que, apesar da 'ausência de fatores mínimos para validar a continuidade da investigação', a discussão agora gira em torno da 'ausência de materialidade delitiva', devido à remoção do vídeo questionado.

O comunicado foi enviado ao STF pouco tempo depois do Ministério Público Federal (MPF) ter anunciado que conseguiu recuperar o vídeo deletado por Bolsonaro, que está sendo investigado por incitar os ataques de 8 de janeiro.

No dia 7 de dezembro, o Meta, proprietário do Facebook, havia informado ao ministro Moraes que não possuía mais o vídeo em seu arquivo. O armazenamento do vídeo havia sido solicitado ao STF pela PGR em 13 de janeiro.

A empresa alegou que, como Bolsonaro havia excluído o vídeo antes do STF ordenar sua preservação, seria impossível cumprir tal determinação. Contudo, a recuperação do arquivo pelo MPF pode permitir que a 'perseguição penal continue contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro' e que a responsabilidade da empresa Meta em não preservar o conteúdo seja investigada.

Se o MPF entender que existem provas suficientes contra Bolsonaro, ele pode ser acusado perante o Supremo. O relator dos processos sobre os ataques de 8 de janeiro é o ministro Alexandre de Moraes.

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