Na última segunda-feira, 4, fontes anônimas do alto escalão militar israelense admitiram que a cada combatente do Hamas morto na Faixa de Gaza, cerca de dois civis foram vitimados. 'Não estou afirmando que é bom termos uma proporção de dois para um'', expressou um dos representantes durante uma coletiva de imprensa. Eles justificam o alto número de baixas civis ao acusar o Hamas de usar a população como escudo humano, parte de sua 'estratégia básica'. Ainda assim, esperam reduzir a proporção de mortes de civis na próxima fase de combate.
Os dados do Ministério da Saúde de Gaza, que está sob o domínio do Hamas desde 2007, revelam que desde o dia 7 de outubro, os bombardeios israelenses resultaram na morte de 15.899 pessoas no território palestino. Os ataques de Israel surgem como resposta aos atos violentos dos militantes islamistas contra o território israelense, que deixaram um saldo de 1.200 mortos, na maior parte civis, e 240 sequestrados.
Aumento contínuo de fatalidades e a crítica situação humanitária que assola a Faixa de Gaza têm provocado indignação global. Em resposta a relatórios da imprensa que estimam 5.000 baixas entre os combatentes do Hamas, um representante da liderança israelense comentou que os números 'são mais ou menos certos'.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel no cenário internacional, solicitaram ao país que redobrasse esforços para minimizar a morte de civis. Enquanto isso, as operações terrestres de Israel se orientam agora para o sul de Gaza, local para onde os residentes estão fugindo do norte.
Os militares israelenses estão aplicando um avançado programa de mapeamento para tentar diminuir as baixas civis. Esta tecnologia combina sinais de telefonia móvel, vigilância aérea e inteligência artificial para criar um mapa que indica as concentrações da população. Cada uma das 623 células no mapa recebe um código de cores, sendo o verde usado para áreas onde pelo menos 75% da população foi evacuada.
No entanto, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários questiona a eficácia dessa ferramenta em uma região onde o acesso a serviços de telecomunicações e eletricidade é bastante intermitente.
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