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Moradores de Copacabana convocam protesto em suporte a lutadores intimados pela polícia

O lutador Willian Correia e o professor de jiu-jítsu mestre Pinduka foram chamados para depor na 12ªDP e moradores organizam manifestação em suporte

Os habitantes do bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, estão usando as redes sociais para reunir pessoas para uma manifestação na frente da 12ªDP (Copacabana). O motivo é declarar suporte aos lutadores de artes marciais que foram chamados para o interrogatório policial nesta sexta-feira, acusados de encorajar os residentes a se unirem contra a onda de roubos, levando à formação de grupos autodenominados justiceiros.

Willian Correia e o mestre de jiu-jítsu conhecido como mestre Pinduka foram convocados para depor às 15h30 de sexta-feira. A 12ªDP informou que tem conhecimento do protesto sendo organizado nas redes sociais em frente à delegacia em suporte aos convocados.

Na semana passada, William Correia divulgou online um vídeo convocando outros moradores a enfrentar criminosos. Em um trecho, ele declara: “E aí, rapaziada de Copacabana, qual vai ser? Vamos deixar os caras fazer o que querem aqui no nosso bairro mesmo? Cadê a nossa rapaziada de 2015 que botou esses caras pra correr? E aí? Vai esperar ser o nosso pai, o nosso avô, teu pai, alguém da tua família? Tomar um soco na cara e ficar por isso mesmo, ninguém fazer nada? Polícia não pode fazer nada, prende e solta”.

Após ser chamado para prestar declarações, William publicou uma nota nas redes sociais com a intenção de esclarecer os acontecimentos, afirmando não ter relação com os grupos se autodenominam justiceiros e expondo sua disposição para cooperar com a polícia.

Esses grupos de justiceiros que realizam rondas pelos bairros da Zona Sul do Rio à procura de suspeitos de roubos e furtos podem acabar sendo processados por crimes como lesão corporal, associação criminosa e até tentativa ou homicídio consumado, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.

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