A Procuradoria-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal um parecer técnico assegurando a recuperação de um vídeo apagado por Jair Bolsonaro em 10 de janeiro, dois dias após os ataques antidemocráticos às sedes dos Três Poderes. O ex-presidente é alvo de inquérito por incentivar os atos de 8 de Janeiro.
Em 7 de dezembro, a Meta, proprietária do Facebook, tinha comunicado ao ministro Alexandre de Moraes que não possuía mais o vídeo (abaixo) em seus arquivos. O pedido de preservação do vídeo foi feito ao STF pela PGR em 13 de janeiro.
No entanto, a empresa justificou que a ação de Bolsonaro de deletar o vídeo antes da ordem do STF para sua preservação impedia o cumprimento da mesma.
No vídeo em questão, Bolsonaro endossou a declaração falsa de um procurador de Mato Grosso, que alegava que Lula teria vencido a eleição por fraude no voto eletrônico.
Um relatório técnico enviado pelo Ministério Público Federal detalha os passos para reaver o vídeo. Solicita-se que Moraes instrua a Secretaria Judicial do STF para anexar os documentos comprovando a notificação à Meta, para averiguar o descumprimento de ordem judicial.
Segundo a PGR, o resgate do vídeo possibilitará a prossecução penal contra Bolsonaro e a investigação da responsabilidade da Meta em relação à não preservação do conteúdo.
A PGR poderá acusar Bolsonaro ao Supremo, caso haja provas suficientes contra ele. A relatoria dos processos sobre o 8 de Janeiro é de Alexandre de Moraes.
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