Ao assumir a presidência da Argentina, Javier Milei recebeu de seu antecessor, Alberto Fernández, não apenas a faixa, mas também o cetro presidencial. Este último objeto é uma tradição característica da Argentina que se originou no século 19.
Conforme dados do Ministério da Cultura do país, o uso de cetros – que também podem ser bastões, cajados ou bengalas – como símbolo de poder pode ser rastreado ao longo da história de várias civilizações. No entanto, a utilização deste tipo de símbolo só se estabeleceu na Argentina em 1814, sendo que o primeiro presidente a usá-lo durante a cerimônia de posse foi Domingo Faustino Sarmiento, em 1868.
Uma curiosidade é que cada chefe de Estado argentino recebe um cetro diferente, pois este é personalizado para cada mudança de comando no Executivo. No entanto, a personalização deve seguir regras determinadas há mais de 90 anos.
Desde 1983, o ourives Juan Carlos Pallarols tem sido o responsável pela confecção do cetro presidencial. Entretanto, durante a posse de Milei, o cetro de Pallarols foi rejeitado. O novo presidente, ao invés disso, escolheu ter o seu cetro feito de maneira independente, optando por um design que incorporasse a figura dos seus 5 cachorros: Murray, Milton, Robert, Lucas e Conan (morto em 2017).
A homenagem no cetro a Murray Rothbard, Milton Friedman e Robert Lucas Jr. - economistas liberais dos EUA em cuja honra Milei nomeou seus cachorros - e a Conan, proveniente do filme “Conan, o Bárbaro”, mostram um pouco da personalidade e preferências do atual presidente. Segundo reportagens do The New York Times, Buenos Times Herald e da agência Reuters, os 4 cães foram clonados a partir do material genético de Conan pela empresa PerPETuate, nos EUA.
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