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Operação policial apreende tecnologia de jovens acusados de produzir e distribuir ‘nudes’ falsos de adolescentes

Uma operação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) apreendeu telefones e computadores de alunos envolvidos na criação e disseminação de imagens artificialmente geradas de estudantes de dois colégios na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. As imagens falsas, geradas por inteligência artificial, retratavam as meninas como se estivessem nuas.

Investigadores do DPCA confiscaram na manhã desta segunda-feira, dispositivos eletrônicos de alunos do 7º e 9º anos acusados de criar e disseminar imagens de estudantes do Colégio Santo Agostinho e do Colégio Eleva no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. As buscas foram realizadas em propriedades e condomínios luxuosos do bairro. Segundo a polícia, os adolescentes produziram imagens artificialmente que retratavam suas colegas como se estivessem nuas. Estima-se que mais de vinte alunos tenham sido vítimas deste crime.

Os aparelhos apreendidos serão utilizados para identificar os autores das imagens geradas por inteligência artificial e verificar se existem mais vítimas. As informações preliminares indicam que a intenção da apreensão é esclarecer depoimentos contraditórios reunidos até agora. O delegado Marcus Vinícius Braga expressou o desejo de descobrir quem foram os autores das imagens e os alunos que compartilharam o material. Participaram da operação equipes de delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Em relato, a mãe de uma das vítimas contou sobre o sentimento de impunidade e a angústia das meninas, que estão tendo crises de ansiedade e tiveram o rendimento escolar prejudicado devido à repercussão do caso. Ela relata que um dos supostos responsáveis pela divulgação das imagens afirmou que não sofreria punições 'porque é branco e rico'.

Segundo ela, os envolvidos e as vítimas estão preocupados com o potencial uso dessas imagens em plataformas de conteúdo adulto. A mãe acredita que a situação já é irreparável e os alunos que praticaram o crime deveriam ser expulsos do colégio.

Em comunicado, o Colégio Santo Agostinho afirmou que está tomando todas as medidas necessárias para investigar o caso e adotar as medidas previstas no Regimento Escolar.

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