O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma estabilidade no terceiro trimestre, apresentando uma variação de 0,1% em comparação ao trimestre anterior, conforme ajuste sazonal. Isso demonstra uma desaceleração, considerando o crescimento de 0,9% verificado entre abril a junho deste ano. Ainda assim, esse resultado supera a projeção do mercado financeiro que previa um decréscimo de 0,3% para o mesmo período. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 5 de dezembro.
O valor total do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil, alcançou a marca de R$ 2,741 trilhões em valores correntes no trimestre encerrado em junho. O crescimento acumulado no ano é de 3,2%.
As estatísticas indicam uma tendência de desaceleração da economia brasileira ao longo do ano, após um primeiro semestre com um desempenho melhor do que o esperado. Segundo estimativas do mercado financeiro, a economia do Brasil deve encerrar o ano com uma expansão de 2,84%, um ritmo parecido com o do ano passado, quando teve um crescimento de 29%. Na divulgação do resultado do primeiro trimestre, a estimativa era de um crescimento de 1,3% e, no segundo trimestre, a previsão era de 2,3%. O Ministério da Fazenda projeta um avanço de 3% no PIB para este ano.
O resultado próximo à estabilidade foi influenciado pelos setores de Indústria e Serviços, que tiveram variações positivas de 0,6%. As atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), em particular na área de seguros, assim como imobiliário (1,3%) foram os pontos fortes dentro do setor de serviços, como indicado por Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. “Os maiores destaques são as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número dos domicílios.”
Entretanto, a agropecuária sofreu uma queda de 3,3% no trimestre, representando a primeira queda da atividade após cinco trimestres consecutivos com taxas positivas.
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