BRASIL CRIME DE RICO SEGURANÇA PÚBLICA VÍDEOS

Policias do BOPE acusados de execução são confrontados por imagens de câmera

Um vídeo mostra supostos criminosos já rendidos que teriam sido mortos mais tarde, contrariando as alegações oficiais de houve confronto.

Membros do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) são alvos de uma investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela Corregedoria da Polícia Militar. Eles são suspeitos de executar três indivíduos durante uma operação da polícia, realizada na quarta-feira (27), no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio.

Supostas imagens de uma câmera de segurança, segundo relatos, indicariam que os homens já haviam sido rendidos e mais tarde foram mortos, situações estas que foram registradas oficialmente como conflitos armados. As armas dos policiais do BOPE foram recolhidas para investigação.

Algumas fontes sugerem que a ação possa ter sido movida por vingança, pois momentos antes da ação do BOPE, o sargento Leonardo Maciel da Rocha foi morto após ser atingido por um tiro no veículo blindado da polícia, conhecido como Caveirão.

Os policiais militares envolvidos, em depoimento à polícia, alegaram que houve um intenso tiroteio na rua São Bento, em Parada de Lucas. Eles relataram ter observado cinco homens em fuga, entrando em uma casa no final da rua. De acordo com os PMs, houve um confronto do lado de fora e no interior da casa, culminando na morte de três dos fugitivos.

Segundo os PMs, os outros dois homens, identificados como Hiran da Glória e Breno Pereira de Oliveira Araújo, abandonaram as armas e tentaram se esconder pulando o muro de uma residência, onde foram presos posteriormente.

No entanto, a versão dos PMs é questionada por imagens que foram compartilhadas nas redes sociais. As imagens mostram a entrada dos policiais em uma casa dentro da favela, exatamente às 7h32.

Em um dos vídeos, um homem negro, identificado como Gladson William Gonçalves de Oliveira, é deixado com as mãos amarradas no chão da sala. Três minutos depois, outro suspeito, identificado como Anderson Cauã Gadelha Morais, também é colocado no chão da sala, com as mãos amarradas.

A última imagem dos dois homens rendidos com policiais na sala foi registrada às 7h55. A polícia aguarda os resultados da autópsia para esclarecer as circunstâncias das mortes.

Deixe um Comentário!

Para comentar, faça Login, clicando aqui.