A 'Rotas para a Integração' é o nome da nova iniciativa anunciada pelo governo Lula na Cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro. Com um valor estimado de R$ 50 bilhões (equivalente a US$ 10 bilhões), essa ação dos bancos de fomento foca em estabelecer uma rede de rotas de integração e desenvolvimento entre os países sul-americanos. Esses investimentos vão alavancar melhorias consideráveis na infraestrutura regional, incluindo infovias, hidrovias, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão de energia elétrica.
A contribuição para este programa vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco de Desenvolvimento (Fonplata). Simone Tebet, a ministra do Planejamento e Orçamento, ressaltou que essa integração regional é uma forte alternativa para superar desafios comuns e permitir a consolidação da democracia.
Após consultas nos estados fronteiriços e levando em consideração as obras do Novo PAC, cinco rotas foram projetadas para o plano de integração. As rotas incluem Ilha das Guianas, Manta-Manaus, Quadrante Rondon, Capricórnio, Porto Alegre-Coquimbo. O principal foco recai sobre projetos estratégicos de infraestrutura, garantindo tanto a disponibilidade de linhas de financiamento quanto o suporte no desenvolvimento de projetos. Além disso, o programa contempla financiamento para projetos nas frentes social, ambiental e institucional.
Para Sérgio Diaz-Granados, presidente-executivo do CAF, a iniciativa de integração regional se apresenta como um elemento crucial para a organização. Por sua vez, Ilan Goldfajn, presidente do BID, anunciou que o banco planeja alocar aproximadamente R$ 15 bilhões em assistência financeira e técnica para os projetos voltados à infraestrutura. Luciana Botafogo, que preside o Fonplata, ressaltou que a expansão da integração regional abrirá novas possibilidades para comércio e investimentos. O Fonplata tem um plano de disponibilizar até US$ 600 milhões (ou R$ 3 bilhões) para a iniciativa entre 2024 e 2026.
No encontro da Cúpula do Mercosul, o presidente Lula enfatizou o poder da união entre os países da região. Ele citou a conclusão do acordo de livre-comércio com Singapura e a inclusão da Bolívia como importantes conquistas. Após a reunião, a Presidência 'pro tempore' do bloco foi transferida para o Paraguai, e os países do Mercosul divulgaram uma declaração conjunta que celebra a retomada da Cúpula Social e revisa os feitos no segundo semestre de 2023.
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