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Recorde de adesão ao Passe Livre é alcançado no Brasil em 2023

Dos 31 municípios que adotaram o sistema em 2023, dez são do estado de São Paulo. Minas Gerais (6), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5), Paraná (3), Goiás (1) e Rondônia (1) também se destacam.

Seguindo uma tendência cada vez mais forte no país, a adesão ao Passe Livre no transporte coletivo público urbano cresceu de forma inédita em 2023. No total, 31 municípios aderiram ao sistema pleno, que coloca em vigor a tarifa zero todos os dias para toda a população. Com isso, o Brasil agora conta com 94 cidades integrantes do programa, de acordo com dados do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Santini.

São Paulo é o estado com maior número de municípios com tarifa zero: 29, seguido de Minas Gerais (25), Paraná (11), e Rio de Janeiro (10).

O pesquisador Daniel Santini observa que estamos vivendo um momento de expansão da política de tarifa zero no Brasil e que, gradativamente, mais cidades estão aderindo à iniciativa.

Este aumento coincide com uma diminiuição acentuada no número de passageiros do transporte público devido à crise do sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens. Em outubro de 2022, a quantidade de passageiros era 43% menor do que em outubro de 2013, conforme dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Lúcio Gregori, engenheiro e ex-secretário de transportes de São Paulo, argumenta que a esse declínio se deve em grande parte ao constante aumento no preço das passagens, que tornou o transporte público financeiramente inacessível para uma parcela da população.

Dos municípios que implementaram o Passe Livre, apenas 11 possuem mais de 100 mil habitantes. Apesar da implementação ser mais complexa em cidades maiores, 2023 marcou como o ano com maior adesão de cidades com mais de 100 mil habitantes ao sistema gratuito, indicando novos horizontes para a política de tarifa zero.

Enquanto a cidade de São Paulo introduziu recentemente o Passe Livre parcial nos domingos e feriados, a diretora do Instituto Multiplicidade e Mobilidade Urbana, Glaucia Pereira, evidencia que a medida está de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana de 2012, que prevê a redução de desigualdades e barreiras sociais através da gestão do transporte.

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