2023 foi um ano recorde para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - trouxe o maior número de aprovações e liberações de fundos desde 1995. Projetos de infraestrutura tiveram uma aprovação de cerca de R$ 37,5 bilhões, com desembolsos chegando a impressionantes R$ 23,9 bilhões. Mais de 80% das liberações de fundos foram direcionadas para novos investimentos, um movimento que começou a ganhar impulso após a introdução do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo presidente Lula.
A área de infraestrutura, fazendo jus à sua importância, viu um incremento de 20% em investimentos. Setores como transporte, logística, mobilidade urbana e saneamento totalizaram um aumento de R$ 213 bilhões, o que está bem próximo do valor recorde de R$ 227 bilhões notado em 2014. Este progresso marcante foi observado em meio a uma queda de 21% nos investimentos totais da indústria de base, segundo dados da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdid).
Grande parte desse valor operacional foi estruturado na modalidade de project finance, que usa o próprio projeto como garantia. O refinamento da política de crédito e garantia do BNDES foi fundamental para essa realização, como também o apoio concedido por meio de debêntures, utilizado em aproximadamente metade das operações aprovadas.
Os maiores esforços de saneamento tiveram ofertas da Iguá Rio e Águas do Rio, com emissões de R$ 3,8 e R$ 5,5 bilhões respectivamente, onde o BNDES teve uma participação significativa. No setor de transportes urbanos, um montante de R$ 15 bilhões foi aprovado, destacando-se o Plano de Investimentos de Mobilidade do Estado de São Paulo, incluso no Novo PAC, com R$ 10 bilhões. Outras operações consideradas impactantes foi a de Eletrificação de Frota do Município de São Paulo, de R$ 2,5 bilhões, e a operação da Viasul, apoiando investimentos da Concessionária das Rodovias Integradas do Sul S.A., com R$ 1,45 bilhão. A Rumo S.A. também se sobressaiu na cena com a subscrição de R$ 750 milhões em debêntures para a Malha Paulista, cuja emissão total foi de R$ 1,5 bilhão.
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