O Brasil testemunhou uma recuperação impressionante no mercado de trabalho no trimestre encerrado em novembro. Este desenvolvimento marca o retorno a um curso de progresso interrompido por sabotagens ao governo Dilma Rousseff, a operação Lava Jato, o golpe de estado de 2016 e a política neoliberal de choque no período Temer-Bolsonaro.
No final do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, a taxa de desocupação caiu para 7,5%, uma diminuição de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com 100,5 milhões de pessoas empregadas, indicando um crescimento de 0,9% em relação ao mesmo trimestre, o contingente atingiu seu maior nível desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) em 2012. Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, explicou que esta é a terceira queda consecutiva na taxa de desocupação, indicando uma inversão em relação aos anos anteriores.
Em comparação com o trimestre anterior, o número de desempregados permaneceu em 8,2 milhões, o menor desde abril de 2015. Entre os trabalhadores ocupados, houve um aumento de 853 mil pessoas, com a maioria (515 mil) sendo absorvida pelo mercado de trabalho como empregados formais no setor privado.
Beringuy também ressaltou um aumento na informalidade no mercado de trabalho, com a população ocupada informal crescendo neste trimestre. Além disso, o número de trabalhadores formais no setor privado chegou a 37,7 milhões, o segundo maior patamar da série histórica da Pnad Contínua, mostrando uma tendência de crescimento desde 2022.
Com relação às atividades econômicas, houve um aumento no número de ocupados apenas na indústria (2,9%) e na construção (2,8%). Beringuy explicou que isto ocorreu principalmente devido a contratações informais na construção e formais na indústria.
Por fim, Beringuy mencionou um aumento de 2,3% no rendimento médio real, chegando a R$ 3.034. Observou-se esse aumento mais acentuado entre os empregados formais no setor privado (2,1%) e os trabalhadores por conta própria com CNPJ (7,6%).
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