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Redução da desigualdade em 2022: impactos dos programas sociais e melhoria do mercado de trabalho

Em 2022, o percentual de pessoas vivendo em situação de pobreza caiu de 36,7% para 31,6%, enquanto a taxa de extrema pobreza diminuiu de 9% para 5,9% em relação a 2021

No Brasil, em 2022, a taxa de extrema pobreza, definida como aqueles que ganham menos de R$200 por mês, caiu para 5,9%, em comparação com os 9,0% registrados em 2021, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE. A proporção de pessoas vivendo em situação de pobreza, ou seja, com renda mensal de até R$637, diminuiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022. Em termos de números absolutos, em 2022, o Brasil tinha 12,7 milhões de pessoas na extrema pobreza e 67,8 milhões na pobreza, com uma queda de aproximadamente 6,5 milhões e 10,2 milhões de pessoas, respectivamente.

O Índice de Gini, utilizado para estimar a desigualdade de renda, estava em 0,518 em 2022. Segundo o IBGE, sem os programas sociais, este indicador poderia atingir 0,548. Durante a pandemia, o governo de Jair Bolsonaro implementou o Auxílio Emergencial de R$600 para cerca de um terço dos brasileiros. Em 2022, com o fim do auxílio, o governo substituiu-o pelo Auxílio Brasil, alocando novamente R$600 para os beneficiários do então Bolsa Família. Em 2023, sob a administração de Lula, o programa retornou ao antigo nome Bolsa Família, mantendo o mesmo valor de auxílio.

A desigualdade é mensurada com base nos parâmetros do Banco Mundial, que define a extrema pobreza como aqueles que vivem com menos de US$2,15 por dia e a pobreza como aqueles que subsistem com menos de US$6,85 por dia, usando como base o Poder de Paridade de Compra (PPC) a preços internacionais de 2017. Os benefícios dos programas sociais correspondiam a 67,0% da renda domiciliar dos em situação de extrema pobreza em 2022, enquanto a renda do trabalho correspondeu a apenas 27,4% desta parcela da população. De acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE, a ausência desses programas teria elevado o percentual de extrema pobreza de 5,9% para 10,6%.

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