O novo presidente eleito da Argentina, Javier Milei, indicou Santiago Bausili para presidir o Banco Central do país, segundo comunicado divulgado na quarta-feira (6.dez.2023) pelo gabinete do presidente. Vale ressaltar que essa indicação ainda necessita passar pelo crivo do Senado argentino. A escolha de Bausili acontece apesar de Milei ter prometido, durante sua campanha, o encerramento da instituição monetária do país.
Bausili tem formação em economia pela Universidade de San Andrés e ocupou o cargo de subsecretário da Fazenda entre 2016 e 2017, no mandato do ex-presidente Mauricio Macri. Posteriormente, assumiu a posição de secretário da Fazenda até dezembro de 2019. Além de sua trajetória no setor público, Bausili fez carreira no setor privado. É parceiro de negócios de Luis Caputo, o futuro ministro da Economia argentino, na consultoria Anker Latam e acumula mais de uma década de trabalho na JPMorgan e nove anos no Deutsche Bank em Nova York.
O economista foi alvo de um processo em 2021 acusado de favorecer o Deutsche Bank numa negociação de dívida externa. No entanto, o caso foi anulado na terça-feira (5.dez) pela Câmara Federal de Buenos Aires.
A equipe de Milei também confirmou na quarta-feira (6.dez) que Daniel Tillard e Darío Wasserman serão nomeados, respectivamente, à presidência e à vice-presidência do BNA (Banco Nacional da Argentina). Adicionalmente, Belén Stettler foi anunciada como a nova secretária de Comunicação do governo do presidente eleito.
Foi anunciado também que Marco Lavagna continuará liderando o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), instituição responsável por coletar e divulgar as principais estatísticas econômicas e sociais do país.
Milei pretende reduzir o número de ministérios de 18 para 8 e planeja apresentar suas propostas de emenda ao Congresso argentino na segunda-feira (11.dez).
Já foram divulgados todos os nomes dos líderes dos principais órgãos do país que assumirão a partir de 10 de dezembro, data de posse do novo governo argentino. Dentre eles estão: Guillermo Ferraro (Infraestrutura), Mariano Cúneo Libarona (Justiça), Diana Mondino (Relações Exteriores), Sandra Pettovello (Capital Humano), Guillermo Francos (Interior) Patricia Bullrich (Segurança), Luis Caputo (Economia) e Luis Petri (Defesa).
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