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SP vivencia recorde de calor em 2023, registrando o segundo ano mais quente da história

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), São Paulo atingiu altas temperaturas no ano de 2023, sendo classificado como o segundo ano mais quente da história recente da cidade. Foram verificados 108 dias de intenso calor ultrapassando 30°C. Além disso, houve um aumento nas precipitações ocorrendo principalmente nos meses de fevereiro e outubro, influenciado pelo fenômeno El Niño e as alterações climáticas.

O ano de 2023 em São Paulo é registrado pelo Inmet como o segundo mais quente na história recente, marcado por 108 dias atingindo temperaturas igual ou superiores a 30°C. A maior temperatura do ano foi registrada no mês de novembro, chegando aos 37,7°C por dois dias consecutivos. Mesmo com tal marcação, este valor fica atrás dos 37,8°C registrados em 2014 - o ano mais quente da história recente da cidade, contabilizando 114 dias de calor intenso.

Além das altas temperaturas, o ano foi significante em termos de chuva. As precipitações acumuladas em fevereiro e outubro contribuíram para um excedente hídrico de quase 400 mm em São Paulo. O volume de chuvas foi crucial para o maior sistema de represas que abastece a região metropolitana da cidade, o Cantareira, que começou o ano com apenas 42,8% de seu volume preenchido, alcançando 85,7% em abril e terminando o ano com 72%.

O professor Pedro Côrtes, da Universidade de São Paulo (USP), aponta o El Niño e as mudanças climáticas como fatores dominantes para esse panorama em 2023. Seguido a este, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) prediz que o pico do El Niño ocorrerá no primeiro semestre de 2024, podendo gerar chuvas intensas mas mal distribuídas. Após o término deste evento, o clima deve entrar em um período de neutralidade, provável de ser seguido pelo fenômeno La Niña.

O especialista enfatiza que a 'neutralidade' do clima não deve ser interpretada como 'estabilidade', já que o período de transição entre os fenômenos tende a ser instável. Da mesma forma, Côrtes prossegue e sublinha a importância de políticas públicas voltadas à prevenção para poder lidar de maneira eficaz com as consequências das mudanças climáticas.

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