A Tesla entregou a primeira leva de suas revolucionárias picapes Cybertruck para os clientes no dia 30, após dois anos de atraso no cronograma de produção. No entanto, ainda há dúvidas sobre quando a produção em larga escala terá início, devido a problemas de fabricação que precisam ser resolvidos.
O CEO da Tesla, Elon Musk, mostrou as picapes elétricas em um evento na fábrica da empresa próximo a Austin, Texas. O evento foi transmitido ao vivo na X, a rede social anteriormente conhecida como Twitter, que foi adquirida por Musk no ano anterior.
A chegada da picape marca a entrada da Tesla no segmento mais lucrativo do mercado automotivo dos EUA, dominado principalmente pela Ford, General Motors e Stellantis, proprietária da marca Ram. Desde o lançamento da Cybertruck há quatro anos, todas essas três grandes montadoras de Detroit já apresentaram suas próprias versões de picapes elétricas. A Ford, a GM e a Rivian, uma montadora novata, já estão vendendo suas picapes, e a versão elétrica da Ram deverá ser lançada no início do próximo ano.
O Cybertruck apresenta uma carroceria feita de uma liga de aço inoxidável desenvolvida pela Tesla. Musk explicou que devido ao tipo de aço usado, a carroceria tem um design angular, pois não pode ser moldada em uma prensa convencional. Ele enfatizou que a picape tem uma distância do solo de 43 centímetros para sair da estrada e pode acelerar de zero a 60 milhas por hora (aproximadamente 97 km/h) em 2,6 segundos. Segundo Musk, a picape tem capacidade para carregar mais de uma tonelada de carga e rebocar mais de cinco toneladas.
Contudo, Musk já adiantou as dificuldades que a empresa vem enfrentando para a produção em massa da inovadora picape. Em uma teleconferência de resultados da empresa em outubro do ano passado, Musk reconheceu que a empresa 'cavou sua própria cova com o Cybertruck', acrescentando que não acredita que a empresa atingirá a meta de produção de 250 mil unidades por ano até 2025.
Musk também já antecipou aos investidores que a produção em massa da nova picape trará 'enormes desafios', sendo difícil gerar fluxo de caixa e vender a picape a um preço acessível. Ainda, ao longo da teleconferência, ele estimou que levará algum tempo, entre 18 meses a um ano, para que a picape gere um fluxo de caixa positivo significativo.
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