O ex-deputado federal Miro Teixeira, membro do PDT e ex-ministro de Lula, com 78 anos, defende um ponto de vista diferente dos companheiros de esquerda ao dizer que não havia um golpe iminente em 8 de janeiro de 2023. Na verdade, ele classifica essa data tumultuada como uma confusão.
Teixeira questiona hipoteticamente a possibilidade de Lula ser destituído em um golpe, juntamente com seus sucessores imediatos, como Geraldo Alckmin, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Ele argumenta que, para se adotar essa visão, seria necessário declarar a presidência vaga, mas quem iria fazer isso? Não há resposta.
De acordo com Miro, se houvesse algum plano de golpe com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e das Forças Armadas, tal golpe já teria ocorrido durante o mandato de Bolsonaro, momento em que ele teria mais facilidades.
Apesar de descartar a certeza de um golpe, Miro admite a possibilidade de haver conspiradores nas Forças Armadas, cujos líderes ainda permanecem no anonimato. Ele acredita que os acampamentos em frente aos quartéis não são naturais nem democráticos, mas sim sinais de conspiração.
O ex-ministro Miro Teixeira elogia a decisão de Lula de não declarar a GLO (Garantia de Lei e da Ordem), pois isso poderia criar o ambiente perfeito para os conspiradores aparecerem e declararem um suposto golpe.
Para Teixeira, foi um sério erro de inteligência e segurança o fato de Lula não ter sido informado sobre os atos extremistas, mas apesar disso, ele acredita que o presidente agiu corretamente e se baseou em sua experiência como sindicalista.
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