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Abin maquina trama para salvar Jair Renan e incriminar seu sócio

O mais novo escândalo revelado no período Bolsonaro envolve um complexo esquema para salvar o filho do ex-presidente, Jair Renan, de investigações federais, transferindo as suspeitas para seu sócio, um personal trainer.

Na saga de ilegalidades descobertas durante a presidência de Jair Bolsonaro, uma nova trama surge, colocando a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na cena dos crimes. Desta vez, a vítima é um personal trainer e sócio de Jair Renan, o '04', filho caçula do ex-presidente.

Jair Renan e o personal trainer Allan Lucena eram sócios em um escritório localizado no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, que atraía empresários supostamente interessados no 'negócio' do filho do então presidente. Contudo, a Polícia Federal suspeitava que essas reuniões eram uma estratégia de tráfico de influência, e embora a investigação tenha sido arquivada em 2022, recentes revelações através da Operação Vigilância Permanente trouxeram as suspeitas à luz novamente.

O esquema, segundo a PF, foi conduzido pela Abin, que monitorava e espionava Lucena na tentativa de incriminá-lo e tirar Jair Renan da mira das investigações. A perseguição a Lucena foi descoberta pela Polícia Militar do Distrito Federal, que abordou o agente da PF Luiz Felipe Barros Felix, a serviço da Abin, em um estacionamento frequentado pelo personal trainer.

Felix afirmou ter sido designado por um auxiliar de Alexandre Ramagem, então chefe da Abin e atual deputado, para monitorar Lucena a partir do uso de um carro elétrico de R$ 90 mil 'doado' por um investidor ao sócio e a Jair Renan. Este último, depois de se encontrar com o empresário, conseguiu uma reunião com o então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

No fim, o plano teria dado certo, afirma a Polícia Federal, visto que Lucena, diante da situação, devolveu o veículo 'doado' a ele e a Jair Renan. O agente responsável pela espionagem, Felix, foi desligado da Abin dias depois da descoberta. A PF considerou que a missão de monitoramento não tinha 'qualquer justificativa plausível' e afirmou que tal ação 'atrapalhou as investigações em andamento'.

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