Geraldo Alckmin, o vice-presidente, concedeu uma entrevista a um grande jornal brasileiro sobre os eventos que ocorreram em 8 de janeiro, marcando profundamente a história do país. Estava Alckmin em uma missa em São Paulo, quando um assessor o informou sobre a tentativa de um golpe de Estado em Brasília. Interpretando a seriedade da situação, Alckmin se deslocou rapidamente de volta à capital para fortalecer a resposta institucional contra os ataques à República.
O vice-presidente destacou o papel indispensável de uma 'resposta rápida e contundente' dos Três Poderes na preservação da democracia, citando a união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e a ação significativa de governadores e organizações de prefeitos. Alckmin deu ênfase no fato de que essa ação colaborativa foi decisiva para inibir esses atos, que ele caracterizou como uma 'vergonha nacional'.
Em relação à conversa que manteve com o presidente Lula, Alckmin relatou que Lula ficou aterrorizado com os eventos, e ambos concordaram sobre a necessidade vital de proteger a democracia brasileira. Alckmin também salientou a importância de apurar as pessoas que financiaram e disseminaram os atos golpistas.
Sobre o vandalismo no Planalto, Alckmin expressou profunda indignação, descrevendo o incidente como um ato de covardia e brutalidade. Ele insistiu que, embora a democracia permita desacordos, é crucial preservar a cortesia no debate político.
Quando o vice-presidente foi instado a comentar sobre a polarização política um ano após os eventos de 8 de janeiro, Alckmin notou que a inflamação política diminuiu, refletindo uma tendência global. Ele enfatizou a necessidade de cortesia e de um espírito democrático nas eleições.
Quanto a qualquer receio antes do dia 8 de janeiro, Alckmin disse que não tinha medos, mas depois dos eventos, ele concluiu que ocorreu uma tentativa de golpe. Ele reafirmou que foi um dia de vergonha nacional, mas a resposta das instituições foi imediata e firme.
Em resposta a uma pergunta sobre a tarefa de apaziguar a relação com os militares, Alckmin disse que o presidente sempre respeitou as instituições e, apesar de desconfianças iniciais, a relação foi estabilizada. Alckmin elogiou o comandante do Exército, general Tomás Paiva, ressaltando a importância de separar a política partidária das instituições estatais.
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