O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, deu ordem nesta quinta-feira (11) para que a Polícia Federal (PF) realize uma investigação concernente a uma possível fraude na filiação do presidente Lula ao PL, um partido associado ao seu adversário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moraes aponta para a ´existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral´. Segundo informações do TSE, há ´claros indícios de falsidade ideológica´. A própria instituição constatou a fraude após fazer verificações internas que revelaram o uso da senha de uma das advogadas do PL para o registro de Lula no partido. O acesso da advogada em questão foi posteriormente cancelado, de acordo com a informação da corte.
Dentro da certidão de filiação partidária de Lula, obtida inicialmente pelo periódico O Globo, foi encontrado detalhes que indicam que a filiação do presidente ao PL ocorreu em julho do ano passado, vinculada ao diretório municipal de São Bernardo do Campo, local de residência do mesmo. O registro da filiação só foi realizado em outubro.
De acordo com o TSE, o sistema de filiação partidária operou como o esperado, sem apresentar falhas ou ter sofrido algum tipo de ataque. O que houve na realidade foi o uso de credenciais válidas para o registro de uma nova filiação falsa.
O PL, ao se pronunciar sobre o assunto, divulgou uma nota da empresa Idatha, responsável pelo gerenciamento de dados junto ao sistema Filia. A empresa se prontificou a prestar qualquer esclarecimento necessário, salientando que o acesso ao sistema de filiação é feito por meio de senha nacional fornecida pelo TSE e de posse da delegada nacional do partido.
´É importante ressaltar que todo o fluxo de qualquer eventual filiação é registrado no sistema, que mantém informações e documentos auditáveis, estando todos os lançamentos disponíveis para averiguação das autoridades competentes´, conclui a nota.
Com informações da Agência Brasil
Deixe um Comentário!