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Antiga líder do MST, Kelli Mafort, assume o segundo cargo mais alto na Secretaria-Geral da Presidência!

'Participação social é o melhor caminho', afirma Kelli Cristine de Oliveira Mafort, especialista em Ciências Sociais. Ela já liderava o diálogo entre a pasta e a sociedade civil e movimentos sociais.

A Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR) passou por uma remodelação em sua equipe. Kelli Cristine de Oliveira Mafort, ex-coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi apontada como secretária-executiva da pasta na terça-feira (16).

Kelli Mafort, em sua conta no X (antigo Twitter), expressou sua gratidão ao ministro da secretaria pelo convite, dizendo: 'Agradeço ao ministro Márcio Macêdo pelo convite e pela confiança depositada em minha trajetória de vida e no aprendizado obtido como gestora'.

Desde o início do ano passado, ela comandou a Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas (SNDS), uma entidade especializada onde estabeleceu mesas de diálogo com vários segmentos da sociedade civil, movimentos sociais e o governo, encaminhando as demandas sociais apresentadas às autoridades governamentais correspondentes.

Após ser nomeada secretária-executiva, Kelli Mafort comentou sobre o que aprendeu com os funcionários da pasta e agradeceu a participação dos grupos nos diálogos com a instituição, dizendo: 'Agradeço aos movimentos sociais, populares, urbanos, do campo, indígenas e quilombolas, aos movimentos sindicais e organizações da sociedade civil pelo compartilhar permanente'.

Kelli é uma estudiosa das Ciências Sociais e formada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), trabalhando principalmente nas áreas de agroecologia, reforma agrária, questões de trabalho, movimentos sociais e gênero. Ela é integrante do MST desde 1997.

Comandando a SNDS, ela liderou projetos como o plano plurianual (PPA) participativo, onde as demandas de movimentos sociais e da sociedade civil foram respondidas, e participou de debates em eventos nacionais e internacionais.

Kelli Mafort participou dos Diálogos Amazônicos, em agosto do ano passado, e da articulação política com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) que levou à aprovação da Política Nacional de Direitos dessa população, em novembro.

Em junho, ela também coordenou a retomada da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), que foi abandonada durante o governo de Jair Bolsonaro, e que visa contribuir para o desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo melhorar a qualidade de vida da população com a oferta e o consumo de alimentos saudáveis.

Kalli está substituindo Maria Fernando Coelho, que pediu demissão do cargo em 9 de janeiro deste ano e foi exonerada 'a pedido dela por questões pessoais', de acordo com uma nota da SG/PR à imprensa.

A mudança acontece enquanto o Ministério Público está investigando um suposto 'desvio de finalidade no uso de verbas públicas para compra de passagens' pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, por levar funcionários para o Carnaval de Aracaju (SE).

De acordo com o Subprocurador-Geral do MP, Lucas Furtado, Maria Fernanda teria se recusado a aprovar a liberação de verba pública para financiar a compra de passagens, ação que supostamente levou a um desacordo com Macedo, que 'teria se encarregado de assinar a compra das passagens'.

A Secretaria-Geral, em nota, informou: 'Ao contrário do que foi noticiado, nunca houve tratativa sobre quaisquer passagens nem diárias de viagem entre a ex-secretária e o ministro Márcio Macêdo [...] Sobre a viagem de funcionários do Ministério foi determinada a abertura de sindicância para apurar os fatos noticiados'.

Na última quinta-feira (11), Macedo se manifestou sobre o caso que custou R$ 18,5 mil aos cofres públicos. Ele alegou que sua passagem foi paga com recursos próprios e que a viagem dos assessores acabou sendo, na verdade, um erro de procedimento.

Macedo afirmou em declaração no Palácio do Planalto, que faria uma visita a ONGs e os três servidores teriam sido designados para acompanhá-lo. O valor será ressarcido, segundo o ministro.

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