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Argentina de Milei: Preço do gás atinge o dobro e incita temor de escassez

Aumento de mais de 100% no valor do botijão de gás gera filas enormes na Argentina, sinalizando uma possível crise de desabastecimento. Preços de farmácia, café e combustível também sobem acentuadamente.

Os cidadãos argentinos que esperam comprar botijões de gás a preços razoáveis agora enfrentam longas filas em distribuidoras, após uma drástica duplicação dos preços sob a administração de Javier Milei. Uma representação dessa realidade emergiu num vídeo viralizado no Twitter, mostrando uma fila interminável na Rota 12, Corrientes, onde o gás ainda está sendo vendido pelo valor antigo.

A AmarillaGas, uma empresa de distribuição de gás, limitou a compra a quatro botijões por família, numa tentativa de prevenir o desabastecimento. De acordo com relatos de jornais locais, as filas começaram a se formar na madrugada do último domingo (7).

Ano passado, o botijão de gás de 10 quilos custava 5 mil pesos (aproximadamente R$ 30). Com o fim dos subsídios impostos por Milei, o preço médio disparou para 10 mil pesos, causando longas filas nas províncias mais distantes da Argentina.

A empresa Amarilla esclareceu que o estoque era suficiente para o último dia. Entretanto, já havia pessoas aguardando desde as 4 da manhã para adquirir um botijão.

A desregulamentação de preços e o fim dos subsídios para o gás de botijão ocasionou uma inflação notável para os consumidores na província de Corrientes, localizada na fronteira com o Rio Grande do Sul.

Além do gás, produtos farmacêuticos e café moído também sofreram aumentos abruptos de 100% no valor nominal. É importante considerar que o peso sofreu uma desvalorização de 50% e que houve corte nos subsídios de outros produtos, resultando em aumento da inflação e diminuição do poder de compra do salário dos argentinos.

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