Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente inelegível, em uma 'superlive' com seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo, lançou mais ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e voltou a repetir teorias conspiratórias comumente usadas pelo seu grupo político. A transmissão serviu majoritariamente para agitar sua militância, especialmente nas redes sociais, já que nada de relevante foi abordado. Espera-se mais operações da Polícia Federal contra seus aliados na próxima semana.
Bolsonaro, que está inelegível até 2030, depende do salário que recebe do Partido Liberal e das tentativas de Valdemar Costa Neto de promover sua esposa, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, como candidata política. Durante a transmissão, Bolsonaro opinou sobre quem seria digno ou não de seu apoio nas eleições municipais.
Seu apoio, no entanto, parece não interessar à maioria dos políticos sérios que pretendem ser eleitos. Segundo o Datafolha, Bolsonaro é visto como o pior cabo eleitoral em São Paulo, quando comparado com outras personalidades políticas do país. Sua declaração de que não apoiaria 'gente que vivia de vermelho e agora está vindo pelo PL' rendeu urros de aprovação de sua militância.
Júlia Zanatta (PL-SC), deputada federal do Proarmas, além de comemorar a fala de Bolsonaro, incentivou seus apoiadores a fiscalizarem os eleitores e candidatos do PL. Ainda resta ver o que acontecerá nos próximos episódios.
Bolsonaro também se queixou de uma campanha do TSE incentivando adolescentes de 16 e 17 anos a tirarem seus títulos eleitorais e votarem em 2022. Ele pareceu ofendido pelo fato de a maioria desses jovens preferir votar na esquerda, no PT.
Além disso, o ex-presidente usou a plataforma para reclamar dos 'abusos de autoridade' cometidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao tumulto de 8 de janeiro, mesmo tentando se distanciar desses eventos e repetindo as teorias conspiratórias que os inspiraram. Isso deu a entender que, caso seja eleito no futuro, ele concederá indultos presidenciais a todos os envolvidos - da mesma forma que fez com Daniel Silveira, ex-deputado do PTB expulso por Roberto Jefferson.
Para se defender das acusações de possuir uma Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela e do escândalo de espionagem ilegal em que está envolvido, Bolsonaro fez uma declaração que poderia resumir toda a transmissão.
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