Nesta segunda-feira (29), uma operação da Polícia Federal (PF) em Angra dos Reis resultou na fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, Flávio, Eduardo e Carlos, que deixaram a residência de barco após a realização de buscas autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A residência em questão foi palco de uma live realizada no domingo (28), onde o clã bolsonarista incitou seus apoiadores visando as eleições municipais. A PF apreendeu um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na residência de Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente.
A operação, que faz parte de uma investigação sobre a chamada "Abin paralela", suspeita que a Abin foi utilizada ilegalmente para coleta de informações, sem autorização judicial, e como fonte de informações falsas disseminadas por perfis de extrema direita.
Carlos Bolsonaro, apontado como chefe do "gabinete do ódio", uma estrutura paralela para ataques a adversários políticos, é um dos alvos da operação, que busca esclarecer o possível uso da agência para defender os filhos do ex-presidente em investigações da própria Polícia Federal.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, autorizou a busca e apreensão em diversos endereços ligados à investigação, incluindo a casa de Carlos Bolsonaro e seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
A fuga de barco do ex-presidente e seus filhos adiciona um elemento inusitado a esse episódio, que tem potencial impacto tanto na esfera criminal quanto na política, revelando detalhes sobre o funcionamento interno do clã bolsonarista.
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