John Vitor Moraes Brazão e Dalila Maria de Moraes Brazão, filho e esposa do deputado federal Chiquinho Brazão (Avante-RJ), receberam do Itamaraty, durante a gestão de Jair Bolsonaro como presidente, o passaporte diplomático em 9 de julho de 2019. Chiquinho Brazão, que também tem tal documento, é irmão de Domingos Inácio Brazão, apontado por Elcio de Queiroz e Ronnie Lessa como um dos cabeças por trás do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.
As pessoas relacionadas à família Brazão estão entre os 1694 passaportes diplomáticos emitidos pelo governo de Bolsonaro até 15 de agosto de 2019. Essas informações foram obtidas através da Lei de Acesso à Informação.
A Polícia Civil e o Ministério Público apontaram a família Brazão como um grupo político significativo no Rio de Janeiro. Este clã é suspeito de relação com a milícia de Rio das Pedras bem como o Escritório do Crime.
Liderado por Domingos Brazão, o clã também inclui o deputado estadual Manoel Inácio Brazão, popularmente conhecido como Pedro Brazão, e Chiquinho, que era colega de Marielle na Câmara no momento do seu assassinato.
As investigações de Lessa, que está detido desde março de 2019, sobre as ligações de Brazão com o crime de Marielle e Anderson foram confirmadas por fontes relacionadas à investigação. Lessa é o acusado principal das mortes e fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal que ainda precisa ser validado pelo Superior Tribunal de Justiça. Brazão, por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, tem foro privilegiado.
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