De acordo com algumas fontes da Polícia Federal, há indícios de que Jair Bolsonaro continua a ter acesso às informações da Abin. Esta insinuação surgiu após a publicação de uma mensagem pelo ex-presidente, um dia antes da operação da PF que visava os endereços ligados ao ex-diretor Alexandre Ramagem. A mensagem, que aludia a 'momentos difíceis, de muitas dores e incertezas', gerou suspeitas de acesso antecipado às informações sobre futuras operações.
Alexandre Ramagem é conhecido por ser próximo da família Bolsonaro. A mais recente fase da investigação envolve Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente e vereador do Rio. A suspeita é que os assessores de Carlos solicitavam informações de Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro. As autoridades autorizaram buscas à residência de Carlos Bolsonaro e à Câmara Municipal do Rio, bem como em outros locais ligados à família Bolsonaro.
Durante o mandato de Jair Bolsonaro, Carlos representava o chamado 'gabinete do ódio', uma estrutura paralela montada para atacar adversários e instituições. Segundo Mauro Cid, ex-ajudante do antigo presidente, Carlos 'ditava' o conteúdo que deveria ser produzido por esse grupo.
A operação mais recente é uma continuidade das buscas realizadas no final de janeiro, que visavam Alexandre Ramagem, coincidindo com a apreensão de dispositivos eletrónicos pertencentes à Abin. De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, Ramagem teria usado a Abin para fazer espionagem ilegal em favor dos Bolsonaros.
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