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Bonificação para fiscalização de maconha em Balneário Camboriú: Um perigo, diz especialista!

A 'nova lei de drogas' recentemente aprovada em Balneário Camboriú, que premia guardas municipais que fiscalizam o uso de maconha, está sob escrutínio. O cientista político Acácio Augusto identifica isso como sinais de um aumento do poder das guardas municipais como forças policiais e sugere possíveis lobbies e interesses eleitoreiros.

Algumas semanas depois do Supremo Tribunal Federal (STF) votar, com um voto conservador do ministro Cristiano Zanin, por dar poder de polícia às guardas municipais, aconteceu um evento significativo. A Câmara Municipal de Balneário Camboriú, uma cidade de praia famosa e extremamente conservadora em Santa Catarina, aprovou uma nova lei de drogas que favorece fortemente os guardas municipais.

Sob a nova lei, qualquer pessoa pega usando drogas ilícitas em locais públicos, como ruas e praias, será multada em R$ 412. A multa pode chegar a R$ 823 se a pessoa for pega perto de escolas, hospitais, ou grupos estudantis, sociais, culturais e esportivos. A multa também dobra em caso de reincidência. Além disso, se a abordagem for feita por um guarda municipal, eles receberão um bônus mensal de R$ 823,86 por agir como 'fiscal de posturas'. No entanto, eles devem comprovar em relatório as fiscalizações realizadas para receber essa bonificação.

A lei tem sido alvo de críticas, especialmente pelo empoderamento das guardas municipais em relação à polícia. Segundo Acácio Augusto, da Unifesp, que estuda o tema, a lei de 'fiscalização de costumes' faz parte de um contexto mais amplo da 'Guerra às Drogas'.

Augusto situou a nova lei dentro da história do proibicionismo e aponta o lobby das guardas civis e os perigos da política de bonificação por flagrante. Além disso, ele alerta para a possibilidade de um aumento na hostilidade da guarda municipal, pois a bonificação pode levá-los a agir de forma mais agressiva. Ele aponta que a medida pode ser vista como uma jogada política, já que 2022 é ano de eleição municipal e essa legislação pode atrair votos.

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