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Brasil entra para a história com vacinação contra a dengue pelo SUS!

O Brasil enfrenta preocupante surto de dengue, mas encontra esperança na incorporação de imunizante contra a doença no SUS.

Em 2023, o Brasil passou por uma situação alarmante com o número de casos de dengue ultrapassando 1,6 milhão. Isso marcou um aumento de cerca de 23% em comparação com o ano anterior. A doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, tem sido um problema persistente para a saúde pública.

Os efeitos da dengue variam, podendo apresentar desde sintomas como dores no corpo, febre e mal-estar até quadros mais graves que podem levar à morte, sendo por vezes difícil de identificar a doença até mesmo para profissionais da saúde.

Contudo, nem tudo são más notícias. Em um marco histórico, o Brasil será o primeiro país a disponibilizar ao público a vacina TAK-003 (Qdenga), validada após uma minuciosa análise custo-benefício e das questões de acesso, através do SUS.

O imunizante, produzido com a tecnologia de DNA recombinante, oferece defesa contra todos os quatro sorotipos do vírus da dengue e é indicado para pessoas de 4 a 60 anos. A vacina é administrada em duas doses via subcutânea, com um intervalo de três meses entre elas.

No início de 2024, o Ministério da Saúde pretende determinar os grupos prioritários para a vacinação, levando em consideração a limitada capacidade de produção de doses do imunizante. Assim, será dada prioridade aos grupos mais vulneráveis e às áreas com maior incidência da doença.

Embora a vacinação seja fundamental na prevenção de formas severas da doença e para alcançar a imunidade coletiva, ações de controle do vetor, como eliminação dos criadouros do mosquito e uso de repelentes, continuam sendo essenciais. Educar a população sobre medidas preventivas é uma componente crucial nesta luta.

A adição da nova vacina no SUS, junto com estratégias de controle do vetor, é um avanço de grande importância no combate à dengue no Brasil. Para que o plano seja bem-sucedido, é necessário uma ação coordenada entre governo, profissionais de saúde e população, reforçando as iniciativas de vacinação, educação e assistência.

*Informações fornecidas por Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) – Campus Guarujá.

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