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Capital alagoana recebe zero recursos para prevenir desastres desde início da colapso em mina da Braskem em 2018

Cerca de 20% do território de Maceió está comprometido por rachaduras e afundamentos

Segundo informações, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional não efetuou nenhum repasse para Alagoas para prevenção de desastres ambientais desde 2018. Este foi o ano em que começou o colapso de uma das minas pertencentes à Braskem, tendo como resultado o afundamento de uma parte da Lagoa Mundaú, em Maceió. Este desastre além de provocar danos ao meio ambiente, resultou no deslocamento de milhares de pessoas.

As primeiras sensações de tremores de terra foram notadas em março de 2018, causadas pelas operações de mineração da companhia Braskem. Em tempo atual, cerca de 20% do território da capital de Alagoas está comprometido por afundamentos e rachaduras. Em dezembro último, o governo federal reconheceu o estado de emergência em Maceió, intensificando preocupações da população local.

Segundo apurou o jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, a cidade de São Paulo recebeu um atendimento diferenciado do Ministério. Conforme relatos, entre 2016 e 2020, foi repassado o valor de R$ 120 milhões para cidades do estado de São Paulo com o intuito de prevenir desastres naturais.

Foram solicitados esclarecimentos sobre esta situação e o Ministério do Desenvolvimento Regional alegou que está em negociações para estabelecer um convênio com a prefeitura de Maceió. Este acordo propõe a destinação de R$ 52,7 milhões para serem aplicados em tentativas de estabilizar encostas na cidade, no entanto, não foi fornecido um prazo para que este planejamento seja colocado em prática.

Face ao agravamento da situação, o Senado instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os afundamentos de solo na localidade. Paralelamente, o Ministério Público Federal fez uma solicitação à Justiça com intuito de realizar o bloqueio de R$ 1 bilhão da Braskem. Infelizmente, a medida que tinha como objetivo garantir o pagamento das indenizações devidas aos proprietários de imóveis impactados pelos afundamentos do solo em Maceió, foi negada pela Justiça Federal de Alagoas.

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