O usualmente conturbado dia de segunda-feira (29) começou com o vereador Carlos Bolsonaro, carinhosamente chamado de '02', partindo para uma atividade comum de sua família: a pesca. Junto a ele estavam seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus irmãos Flávio e Eduardo. No entanto, a tranquilidade do dia cessou com a visita da Polícia Federal (PF) após a excursão marítima de mais de seis horas.
A PF realizou buscas em quatro propriedades associadas a Carlos em Angra dos Reis e no Rio de Janeiro. Durante a operação, diversos itens foram apreendidos, incluindo computadores, celulares, documentos e mídias de dados. As informações atestam que os sujeitos envolvidos na operação demonstraram preocupação com as apreensões realizadas.
Carlos Bolsonaro, além de ser associado a um esquema conhecido como 'rachadinha' e alegações de disseminação de notícias falsas, também é acusado de integrar um núcleo político supostamente instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Entretanto, Carlos Bolsonaro se defendeu e afirmou desconhecer a operação, além de negar a existência de uma 'Abin paralela'. Segundo ele, a PF não deveria ter realizado as buscas pois já há um depoimento agendado para terça-feira, 30 de janeiro. No entanto, a audiência não se relaciona com a operação realizada pela PF, chamada de Operação Vigilância Aproximada, mas sim com uma postagem feita nas redes sociais do Carlos em 27 de agosto de 2023.
A postagem em questão é uma republicação de material da página direitista 'Dama de Ferro', e contém uma série de imagens ofensivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Carlos, ao compartilhar o material, tentou desmerecer Andrei Rodrigues, atual diretor da PF, indicando que Rodrigues poderia favorecer apoiadores do governo atual e não do seu pai.
De acordo com o advogado de Carlos Bolsonaro, ele irá ao depoimento para discutir a postagem em questão e não a operação policial realizada em suas propriedades.
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