O Supremo Tribunal Federal, através do ministro Alexandre de Moraes, deu o sinal verde para o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra 10 indivíduos na 24ª fase da Operação Lesa-Pátria, realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira.
O principal alvo era o deputado federal Carlos Jordy, ardente seguidor de Bolsonaro e líder da Oposição na Câmara. Todavia, a decisão de Moraes também alcançou outros indivíduos, incluindo Raquel Nunes Barboza, José Maria Mattar, Juliana Machado Ribeiro, Luiz Eduardo Campos de Oliveira, André Luis Santos Carneiro, Neide Mara Gomes Palmeira, Charles Adriano Siqueira de Souza, Leonardo Loureiro Ferraz e Lucia Maria dos Santos.
Na lista de pessoas atingidas pela decisão está Carvalho, que mantém ligações estreitas com Jordy. Ele é suplente na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes e servidor da Assembleia Legislativa do Rio. Além disso, Carvalho é apontado como líder de movimentos de extrema-direita no município, onde supostamente organiza atos ilegais.
Outras lideranças locais suspeitas de organizar eventos criminosos, como bloqueios de rodovias e ataques em Janeiro, também foram alvos da PF. Entre elas, destaca-se Raquel Nunes Barboza, conhecida como 'Quelzinha', que teria organizado ônibus para levar golpistas à sede dos Três Poderes.
No caso de José Maria Mattar, ele teria utilizado seu canal no YouTube para disseminar fake news e incitar a prática de crimes. Juliana Machado Ribeiro, por sua vez, é citada pela PF devido à uma conversa que teve com Carlos Victor de Carvalho. Já Luiz Eduardo Campos de Oliveira teria convocado um bloqueio de rodovias após as eleições de 2022 por meio de um grupo.
Charles Adriano Siqueira de Souza, conhecido como 'Charles Piu Piu', preso na primeira fase da operação, admitiu ter participado dos atos de 8 de Janeiro e também ter convocado para o bloqueio de rodovias.
Por fim, Lucia Maria Caxias dos Santos, participou dos acampamentos em frente ao Exército e anunciou em redes sociais que iria a Brasília. Segundo a PF, ela também participou de fato dos eventos de 8 de Janeiro.
Essas ações, de acordo com Alexandre de Moraes, estão inseridas no contexto dos atos golpistas ocorridos na Esplanada dos Ministérios em 8/1/2023.
Surpreendentemente, a Procuradoria-Geral da República avaliou que quatro dos alvos de Moraes não apresentavam indícios suficientes para a execução das medidas. Contudo, o ministro do STF decidiu autorizar as diligências da PF contra o grupo.
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