João Machado Guedes, mais conhecido como João da Baiana, foi uma figura icônica no cenário musical brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro em 1887, ele era um compositor popular, cantor, passista e instrumentista, considerado um dos pioneiros do samba. Ele nasceu no Rio de Janeiro e nesta sexta-feira (12), completam-se 50 anos de sua morte.
Sua mãe era conhecida como Baiana, daí o nome pelo qual ficou nacionalmente conhecido. Ele cresceu na Rua Senador Pompeu, no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, e cultivou uma grande amizade com os compositores Donga e Heitor dos Prazeres.
'João da Baiana foi um percussionista extraordinário e quem introduziu a percussão no choro, dando um novo balanço ao ritmo', comenta o radialista, apresentador e estudioso de questões afro-brasileiras, Rubem Confete.
Já no final da sua vida, João da Baiana se retirou para a Casa dos Artistas, localizada no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Ele veio a falecer em 1974, aos 87 anos.
Como compositor, João conseguia expressar a autêntica realidade do povo afro-brasileiro de sua época. Músicas como 'Batuque na Cozinha' e 'Cabide de Molambo' foram lançadas por ele em 1968 e posteriormente regravadas por Martinho da Vila.
Hoje, muitos de seus pertences podem ser encontrados no acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, entre eles o famoso prato e a faca, instrumentos que o consagraram no mundo musical.
A introdução do pandeiro no samba é atribuída a ele. 'Até então, nas agremiações só tinha tamborim, eu mesmo introduzi o pandeiro quando tinha 8 anos de idade', comentou ele em entrevista ao Museu da Imagem e do Som.
João da Baiana, com seu talento inegável e sua introdução da percussão no choro, será para sempre lembrado como uma figura incansável e inovadora da música brasileira.
Deixe um Comentário!