Depois de usufruir de uma viagem à Disney, o governador do RJ, Cláudio Castro, se viu obrigado a voltar das férias, não só para lidar com a crise gerada pelas chuvas no estado, como também para responder a suspeitas sobre propinas, descritas numa decisão do ministro Raul Araújo, do STJ.
No entanto, as confusões não param por aí. Castro também entrou em conflito com seu próprio vice, Thiago Pampolha, que também é secretário de Meio Ambiente e preside um comitê de chuvas. Segundo observações de assistentes de Castro, Pampolha se destacou nas entrevistas que concedeu sobre a tragédia, ofuscando a autoridade do governador.
Após as entrevistas, a equipe de Castro esboçou desaprovação ao vice, minimizando a presença de Pampolha em coletivas ao lado de ministros do governo de Lula. A presença de Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), entre Castro e Pampolha durante uma reunião, indica essa desaprovação.
Outra contribuição para o clima de tensão foi a mudança de Pampolha para o MDB, enquanto Bacellar rumou para o União Brasil. Essas mudanças partidárias incomodaram Castro, que associou a troca ao apoio de Pampolha a Lula. Mesmo assim, Pampolha se manteve fiel à sua nova filiação.
Somando a isso, surgiu na quarta-feira um relatório da PF, mencionado na decisão do STJ, indicando que Castro teria recebido R$ 326 mil e US$ 20 mil em propinas antes de chefiar o estado, aumentando as suspeitas e o clima incerto no cenário político.
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