Hoje marca exatamente um ano desde que a bomba foi lançada: A Americanas admitiu 'inconsistências contábeis' de nada menos que R$ 20 bilhões. Desde então, a empresa viu seu valor na Bolsa despencar, perdeu milhões de clientes, despediu milhares de funcionários e fechou mais de uma centena de lojas.
Quando se trata de valor de mercado, a Americanas viu seus R$ 11 bilhões transformarem-se em R$ 765 milhões, uma impressionante queda de 93%. Os mais de R$ 10 bilhões que sumiram dos cofres da empresa ultrapassam o valor de um Cyrela na B3.
No que diz respeito ao número de lojas, em 2022 a empresa tinha 1.882, mas até novembro deste ano (no último dado oficialmente liberado em seu processo de recuperação judicial), restaram apenas 1.759. Em outras palavras, a fraude resultou no fechamento de 123 lojas.
Quando se trata de seus clientes, a queda é ainda mais acentuada: os 49,1 milhões de clientes ativos que compraram alguma coisa da companhia nos últimos 12 meses encolheram para 41,5 milhões, significando que 7,6 milhões de consumidores cortaram relações com a Americanas.
Sua presença no mercado de e-commerce brasileiro também sofreu enormemente, de acordo com um relatório do BTG: sua participação caiu de 13,2% ao final de 2022 para 4,9%.
Não apenas clientes e lojas foram afetados. A empresa também cortou drasticamente sua força de trabalho. Na segunda quinzena de janeiro de 2023, logo após a revelação da fraude, a empresa contava com 43.167 empregados, número que despencou para 32.962, representando o corte de mais de 10 mil funcionários. Ainda que tenha havido um pequeno aumento para 38.701 ao final de dezembro, este se deveu apenas à contratação de trabalhadores temporários para o período das festas de final de ano.
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