Mínimo de quatro vereadores de São Paulo decidiram revogar suas assinaturas do pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltada para o padre Júlio Lancellotti na Câmara Municipal. Se pronunciaram na quinta-feira, 4, acerca do pedido para investigação, que provocou uma repercussão altamente negativa nas redes sociais no decorrer da última semana.
Um dos legisladores que se retratou quanto ao apoio para a CPI foi Thammy Miranda (PL). Em suas redes sociais, o vereador pontuou que a proposta original não visava a uma investigação contra Lancellotti e que um requerimento nessa perspectiva não contaria com sua aprovação. 'Se você observa a proposta, que eu divulguei lá, em momento algum menciona o nome do padre Júlio Lancellotti', declarou.
Na quinta-feira também, o vereador Xexéu Tripoli (PSDB) postou em seu perfil oficial do Instagram o requerimento para anulação de sua assinatura a favor da formação da CPI. 'A averiguação de casos suspeitos de uso inadequado de recursos públicos não pode ser justificativa para perseguição política', comentou a publicação.
Os parlamentares restantes que declararam a retirada das assinaturas foram Sidney Cruz (Solidariedade) e Sandra Tadeu (União Brasil), colega de partido do vereador Rubinho Nunes, que propôs e protocolou o pedido de CPI no final do ano passado.
Após os ataques intensificados contra Júlio Lancellotti, líderes do PT e da base aliada defenderam o religioso nas redes sociais. Parlamentares de esquerda expressaram solidariedade ao padre e classificaram a tentativa de investigação como 'arbitrariedade criminosa'.
Na Câmara Municipal de São Paulo, a bancada do PSOL se organiza para impedir a instauração da investigação contra Lancellotti, que mesmo já protocolada, ainda precisa passar pela aprovação dos vereadores. Em reação à proposta, preparam um pedido de CPI para verificar a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) acerca do aumento da população de rua na capital paulista durante seu mandato.
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